COMUNICADO
Na reunião extraordinária da
Câmara Municipal de Ponte de Lima, do dia 23 de Abril de 2013, relativamente à
ordem de trabalhos e demais assuntos, o Vereador
Filipe Viana, eleito na lista do PSD, teve a seguinte posições:
PERÍODO
DA ORDEM DO DIA:
ADITAMENTO À TABELA DE TAXAS E OUTRAS
RECEITAS MUNICIPAIS MEDIANTE A CRIAÇÃO DE NOVAS TAXAS PARA APLICAÇÃO DO REGIME
JURÍDICO DO LICENCIAMENTO ZERO.
Voto
contra. Declaração de voto.
DECLARAÇÃO
DE VOTO
2.1: Voto contra, pelas
motivações seguintes:
1 - A despeito do trabalho técnico
desenvolvido nesta matéria, entendo que o aditamento em causa constitui uma
“barbaridade”, uma vez que o escopo do “licenciamento zero” visa o contrário do
que ora se pretende implementar;
2 – Já em 16 de Novembro de 2010, o
ora Vereador votou contra a “organização sistemática do Regulamento de
Liquidação e Cobrança de Taxas e Outras Receitas Municipais em causa, porquanto
deveria ser simplificada e mais concreta, evitando-se, ao máximo, a utilização
de conceitos indeterminados (ex. a definir pela CM…);
Não concordo com a aplicação
retroactiva, no art.º 85.º do mesmo Regulamento, dos agravamentos em causa;”
3 – Assim, tendo em conta a nossa
coerência ideológica e as dificuldades sentidas por todos os limianos na actual
conjuntura económica, este vereador entende que as alegadas “taxas”, além de
ilegais, por se tratar de verdadeiros “impostos”, manifestam uma falta de
sensibilidade às dificuldades económicas sentidas no tecido económico
empresarial. Neste concernente, não se percebe a manutenção das alegadas “taxas”,
bem como as implicações económicas daí derivadas: comércio e indústria… O
tecido empresarial continua esquecido.
4 - Se o objectivo da lei é simplificar
e não criar obstáculos ao investimento, sendo o nosso concelho de Ponte de Lima
carente em investimento, porquê estas taxas? Será que não querem mais
investimento? Quanto mais não fosse, para ver se ocupam os parques industriais…
Na esteira de outra comunicação:
“Aos
nossos olhos, trata-se de uma questão de justiça social.
Uma
vez que estas taxas não são a única fonte de receita do município e dado
verificar-se, como tem sido veiculado pelo próprio Município, que este tem uma
situação financeira desafogada, trata-se de gerir a autarquia de uma forma mais
cuidada e rigorosa. Chegou a hora de repensar a gestão autárquica, procurando
dotar o Município de receitas próprias!
A
questão das Taxas/Impostos mínimos revela uma outra forma de pensar a gestão do
município, dado que se forem efectuados investimentos produtivos ou que, pelo
menos, se paguem a si próprios, os munícipes não ficarão sobrecarregados com
mais impostos ou taxas e a autarquia ficará com margem para manter as taxas
mínimas. (…)
Na
reunião de Câmara Municipal do dia 16 de Novembro, o Vereador eleito pelo PSD
votou contra este projecto do regulamento relativo à liquidação e cobrança de
taxas e outras receitas municipais, invocando que “a organização sistemática do
Regulamento de Liquidação e Cobrança de Taxas e Outras Receitas Municipais
deveria ser simplificada e mais concreta, evitando-se, ao máximo, a utilização
de conceitos indeterminados”; referiu ainda entender que as isenções em causa
não são suficientes, sendo que é manifesta a falta de sensibilidade às
dificuldades económicas sentidas no tecido económico empresarial” que, podemos
afirmar, continua esquecido.”
5 – Face ao expendido e na sequência
da coerência democrática que nos caracteriza, defendemos no nosso programa as
taxas mínimas municipais, defendemos a redução máxima das referidas taxas,
sendo que, hodiernamente, o custo social assumido pela CM deveria ser muito
superior.
6 – Acresce ainda que não tivemos o
respectivo e necessário termo de comparação para aferirmos da bondade do
presente diploma.
Face ao
expendido, ao serviço de todos os limianos, em razão da coerência democrática,
da liberdade de opinião e do custo de oportunidade em causa, que este documento
não corresponde à nossa mundividência para o melhor de todos os cidadãos de
Ponte de Lima. Por isso, pelas pessoas e pelo território, voto contra.
O Vereador,
Filipe Viana
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